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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Aonde vamos parar?

Nos últimos dias, as notícias que povoaram jornais, revistas, rádio e TV me deixaram meio atordoada. Diante de tantos descalabros eu me pergunto: aonde vamos parar? Ética, moral, honestidade, justiça perderam o significado? São apenas palavras? Vivemos realmente a era de impunidade geral? Leis e tratados são apenas documentos que se ‘moldam’ de acordo com o interesse pessoal de alguns que se julgam acima do bem e do mal? Não sei... Aliás eu não sei de mais nada.
Não bastaram a prisão dos bombeiros cariocas e a liberdade do condenado italiano, a ‘coisa’ tinha que piorar...
E piorou... Eu quase cai da cadeira quando vi e ouvi um advogado – que defende um dos suspeitos do assassinato daquele jovem estudante de 24 anos, na USP – dizer, na maior ‘cara dura’ que seu cliente não iria entregar o parceiro porque ‘quem é do crime tem ética... todas as profissões têm ética’!... ‘Peralá’... Ética?... Desde quando bandido tem ética? E, ser criminoso virou profissão? Isso, vindo de um advogado é mais do que lamentável, é chocante!... O bandido em questão confessou ter participado do assassinato do estudante, mas alegou que foi seu companheiro quem atirou. Como se apresentou, não tem antecedentes criminais e tem endereço fixo, vai responder ao processo... em liberdade! Essa é a nossa justiça (com minúscula mesmo).
Achou que para por aí? Engano... Teve mais... E veio da Bolívia a notícia até então inimaginável.
O presidente Evo Morales, isso mesmo, o presidente, baixou uma lei que vai legalizar cerca de 200 mil carros irregulares. Até aí, tudo bem. Acontece que esses veículos, automóveis e caminhões, foram todos contrabandeados e são frutos de roubos nos países vizinhos, Brasil inclusive e principalmente!!!
Segundo o Sr. Morales, a legalização é muito justa afinal essa é a ‘única alternativa para os pobres que compram veículos sem documentos porque são mais baratos... e eles, como todos, têm direito de ter o seu carro.’ Que bonzinho que é esse presidente, não? Acontece que roubo e contrabando são crimes e uma atitude desse nível, pra mim, nada mais é do que cumplicidade.
E mais... e o direito de quem comprou, pagou e teve a sua propriedade roubada – muitas vezes com violência? Não interessa, né? O que importa é que os ‘pobres’ bolivianos têm direito a um ‘carrinho’, seja qual for a procedência. A que ponto chegamos!...
Agora me diz: diante de todas essas notícias quem é que não fica atordoado, né não? Ou eu fiquei maluca ou tem muita coisa fora de ordem...

segunda-feira, 6 de junho de 2011

O que mais podemos esperar, sr. Haddad?

Eu juro que não acreditei no que vi... Dei até uma piscada mais prolongada e limpei as lentes dos óculos antes de ler outra vez. Mas era real. Estava lá, na manchete da página do jornal: ‘MEC gasta R$ 13,6 mi com 7 milhões de livros para ‘ensinar’ que 10-7=4’(O Estado de S. Paulo, pág. A26, edição de 4/06/2011).
E não para por aí. Os cadernos de matemática da coleção ‘Escola Ativa’ ensinam que 16-8=6 e 16-7=5... Inacreditável!
A tal coleção, com 35 volumes, foi distribuída nas escolas da zona rural que reúnem, em uma mesma sala, alunos do 1ºao 4º ano do ensino fundamental.
Não bastam as condições precárias dessas escolas? O material didático distribuído pelo MEC não deveria ser mais bem cuidado? Antes da publicação, os livros não foram revisados? Quando foram entregues com erros tão grotescos não deveriam ter sido devolvidos para que houvesse correção? Mas não...
Não só foram recebidos e pagos, como distribuídos... Quase um ano depois (pois é, a coleção chegou às escolas no segundo semestre de 2010!) é que alguns ‘iluminados’ de uma dessas ‘comissões’ lotadas de ‘aspones’ perceberam as aberrações. Mas, pior que isso são as explicações do ministro da Educação. Segundo Fernando Haddad ‘houve uma falha de revisão’... ‘mas como esse é um material de uso opcional, não comprometerá o ensino’...
Com todo o respeito, Sr. Ministro, dá um tempo! A ‘coisa’ não é tão simples assim. Não basta recolher os livros ou mandar interromper o seu uso, ou, ainda, solicitar abertura de ‘sindicância’. O senhor deve explicações (e muitas); como titular da pasta é o responsável por tudo o que acontece em seu domínio. E olha que ultimamente as confusões oriundas do MEC não são poucas... problemas com Enem, livro que afirma que falar errado não é errado, o kit anti-homofobia... O senhor está na berlinda faz tempo e agora isso... Portanto venha a público se explicar por mais esse ‘deslize’; mas sem atentar contra a nossa inteligência, por favor.
O senhor deve explicações, sim. Em respeito aos alunos e professores atingidos, e aos contribuintes que, como eu, pagam impostos altíssimos, lotam os cofres públicos e esperam, no mínimo, o bom uso desse dinheiro. Afinal foram mais de R$ 13 milhões jogados no lixo... E, caso o senhor não seja capaz de explicar o inexplicável, que tome outro rumo na vida. Porque a educação é o pilar mestre na formação de um país de verdade. É através da educação que se conquista a cidadania, a soberania e a liberdade. E o mínimo que se espera de um ministro da Educação é que trabalhe com muita disposição para melhorar e aprimorar a formação das crianças e jovens desse país, e não o contrário.